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    Entrevistas

    MARIA ADA PIERAZZI CADIOLI

    Por João Nassif13 de fevereiro de 2011Nenhum comentário9 Min de Leitura
    Radio studio recording composition with characters of guest and talk show host talking in one microphone vector illustration
    JOÃO UMBERTO NASSIF
    Jornalista e Radialista
    joaonassif@gmail.com
    Sábado 12 de fevereiro de 2011
    Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
    As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
    http://blognassif.blogspot.com/
    http://www.tribunatp.com.br/
    http://www.teleresponde.com.br/
    ENTREVISTADA: MARIA ADA PIERAZZI CADIOLI
    Maria Ada Pierazzi Cadioli é uma simpática senhora, cabelos bem cuidados, usando um vestido com cores claras, sapatos de saltos não muito altos. Alguém bate á porta, quase em um salto Ada levanta-se e rapidamente atende, nem de longe deixa transparecer que já acumulou 91 anos de vida. Com seus olhos claros muito vivos, cumprimenta em italiano, e nesse idioma estabelece um colóquio até de que de forma muito simpática passa a se expressar em português, mantendo o seu forte sotaque italiano. È difícil imaginar que essa senhora já viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial, que como muitos italianos, se não quase todos, encantou-se e desencantou-se com a liderança e carisma de Benito Mussolini. Maria Ada conheceu Athos Cadioli quando ambos ainda eram jovens, por 11 anos namoraram, ele foi á África combater na frente de batalha. O jovem soldado Athos retornou á Itália desposando a amada. Ambos eram professores, lecionaram por alguns anos na Itália, até a deixarem rumo ao Brasil. A América era o sonho dourado dos europeus castigados por uma guerra fratricida em seu próprio território. Ada e Athos após permanecerem algum tempo em São Paulo passaram a residir em Piracicaba, onde comercializavam tratores e acessórios, sendo representantes do lendário trator Landini, que funcionava até com óleo de cozinha como combustível! Ada e Athos eram amigos próximos de um grande empreendedor, também de origem italiana, o Comendador Mário Dedini. Em Piracicaba a professora Ada passou a lecionar italiano, inicialmente como voluntária na Società Italiana di Mutuo Soccorso. Foi professora com aulas particulares de italiano para um grande número de pessoas que foram seus alunos nessas décadas em que lecionou. Encantando a todos pelo seu conhecimento, cultura, e a sua simplicidade de hábitos. Em suas aulas de italiano além do idioma ela criou uma janela para a Itália. Os seus alunos tiveram uma imersão na cultura italiana. A acompanhante de Maria de Lourdes Camacho relata que em seus passeios matinais algumas vezes tem que dizer: “-Dona Ada! Não corra!”, graças aos passos acelerados de Maria Ada.
    Em que ano a senhora nasceu?
    Nasci em 2 de janeiro de 1920, em Bardelli, junto a San Benedetto Pó, na Província de Mantova, sou uma das três filhas do casal Archimedes e Dorina. Meu pai comercializava insumos para animais. ( Nesse instante batem á porta da sala, Dona Ada levanta-se com muita agilidade e abre a porta. Ao receber o comentário sobre a sua excelente disposição física ela comenta em tom de brincadeira: “Sou uma menina!”).
    Como a senhora conheceu o seu marido?
    A sua família morava em Zovo, cerca de 5 quilômetros da casa dos meus pais. O seu avô morava próximo a nossa casa. Em uma das visitas que ele fez ao avô eu estava lá, bastou nos olharmos para termos simpatia um com o outro, namoramos por 11 anos.. Embora fosse formado como professor sua paixão era a mecânica, manufatura com metais, os lustres que temos na sala foi feito por ele. A família da mãe do meu marido morava no Brasil, convidavam para virmos morar no Brasil. Casei-me com 27 anos.
    A senhora formou-se professora na Itália?
    Sim, aos 18 anos estava formada professora, lecionei a língua italiana por 8 anos, na Itália, a escola ficava em Bardelli.
    Durante a Segunda Guerra Mundial a senhora estava na Itália?
    Nós morávamos em uma casa muito grande, com dois andares, meu pai com seus ajudantes fizeram um abrigo subterrâneo no quintal da nossa casa, aviões voavam sobre nós jogando bombas. Sempre que percebíamos algum movimento entravamos nesse abrigo. Dormíamos com a roupa do corpo, para se necessário corrermos imediatamente ao abrigo.
    A senhora se lembra de Mussolini?
    Houve um período em que o povo italiano gostava muito dele. No verão eu costumava a passar um mês em Roma, era possível nessas ocasiões ver que Mussolini aparecia em público mantendo um contato muito cordial com os estudantes. Era uma pessoa bonita, tinha uma postura séria, porém muito simpática ao povo, era muito gentil com todos. Vi sua esposa, Rachele Guidi. Na época comentava-se que ela quiz conhecer Clara (Claretta) Petacci, amante de seu marido. Após vê-la disse: “Ele fez bem, ela é muito bonita!”.
    Nesse período da Segunda Guerra Mundial como foi a vida da senhora na Itália?
    O meu pai tinha um pedaço de terra, o suficiente para produzir o que necessitávamos para nos alimentarmos, ele construiu um abrigo subterrâneo onde estocou alimentos, que iam sendo consumidos a medida que necessitávamos. Tínhamos uma amiga que tinha uma propriedade em um campo mais afastado, a convite dela permanecemos por quase dois anos abrigados em sua casa.
    Os homens foram convocados para a guerra?
    Meu marido foi á frente de batalha na África. O seu pai tinha uma motocicleta, em uma viagem á Verona, para ter informações sobre a feira que iria ser realizada lá, ele sofreu um acidente com a motocicleta e faleceu. Com a morte de seu pai o meu marido voltou da África para assumir o seu lugar junto a família.
    Nesse tempo em que ele serviu na África ele era seu namorado?
    Sim, comunicávamos através de cartas. Sempre tive uma vida muito simples, lecionava e ajudava a minha mãe nas tarefas domésticas.
    No período da guerra as mulheres foram mobilizadas?
    No local onde estávamos não, morávamos em um sítio. As bombas nunca caíram muito próximas á nossa casa. Graças a Deus! Uma parte da nossa casa era de construção antiga, outra mais nova era mais bonita, apareceram soldados estrangeiros que disseram que iriam ficar na melhor parte da nossa casa. Ela foi dividida, eles ficaram nessa parte e nós na outra. Acredito que eram alemães, cozinhavam, dormiam, nunca nos incomodaram. O meu pai permanecia em permanente vigília, dormia muito pouco, naquela situação com três filhas em casa era uma responsabilidade enorme para ele. Foi assim até mudarmos para a casa da nossa amiga, em sua propriedade rural mais afastada, pode-se dizer que era um local escondido, outras famílias também se abrigaram lá. Lembro-me de que havia um moço que permanecia em um local com duas paredes, quando percebíamos que os soldados se aproximavam nos avisávamos esse moço para permanecesse em silencio, os soldados não deveriam saber o que tinha atrás das paredes que foram construídas para abrigá-lo de forma quase secreta.
    A sua vinda e do seu marido ao Brasil foi após a guerra?
    Sim a guerra já havia acabada, os parentes da minha sogra estavam todos no Brasil. Ao chegarmos fomos recebidos por um desses parentes que nos acolheu em sua casa por um período de quatro meses. Aportamos em Santos e dirigimo-nos á São Paulo. Meu marido montou uma empresa que oferecia trabalhos de tratores junto ao campo, contratamos tratoristas para operarem os tratores, eram em sua maioria italianos. Após algum tempo decidimos mudar á Piracicaba, na época já tínhamos nossas duas filhas, a Doretta e Clite.
    Em que local passaram a residir em Piracicaba?
    Na Rua XV de Novembro, próxima a Avenida Armando Salles de Oliveira, onde morávamos e tínhamos a loja de tratores e peças para tratores, éramos revendedores do trator Landini. Eu ficava na loja e meu marido na oficina.
    A senhora passou a lecionar italiano em Piracicaba?
    Comecei na Sociedade Italiana, onde permaneci por 20 anos lecionando como voluntária, sem remuneração. Somos muito gratos ao Comendador Mário Dedini, com quem tivemos um grande laço de amizade. Muitas vezes almoçamos em sua casa, ao que me parece o seu prato preferido era uma massa, preparada com manteiga, também gostava muito de lasanha.
    Após a sua mudança ao Brasil a senhora visitou a Itália?
    Estive 4 vezes na Itália após vir morar no Brasil. Sempre tive uma vida mais voltada ao trabalho, saia muito pouco, sempre fui muito reservada, não sou de freqüentar a todo momento casas de outras pessoas.
    Qual é a sua religião?
    Sou católica, praticante, semanalmente freqüento a missa todos os sábados às 5 horas da tarde.
    Qual é o prato que a senhora faz e é considerado a “pièce de résistance”?
    Acredito que seja a lasanha. Às vezes fazia a massa, com farinha, ovos.
    A senhora assiste novelas?
    Eu prefiro dormir! (A professora Ada convida para ir até uma cômoda, onde puxa as gavetas e surgem inúmeras peças bordadas delicadamente). Não gosto de ficar sem fazer nada.
    Qual a receita que a senhora dá para atingir a sua maturidade com essa disposição?
    Levanto-me geralmente as seis horas da manhã. Mantenho-me sempre ocupada com algum pequeno trabalho, leitura.
    Pelo fato de ter vivido na Itália durante a guerra, isso traz lembranças ou sonhos relativos ao fato?
    Não tenho lembranças nem sonhos relativos ao período da guerra. Durmo com facilidade, assim que me desperto imediatamente levanto-me da cama. Não tomo nenhum tipo de medicamento.
    Dona Ada a senhora gosta de lecionar?
    Muito! Atualmente tenho dois alunos!
    Como é a sua relação com a internet?
    (Imediatamente ela apresenta os equipamentos que estão sobre uma mesa própria). É isso que eu quero! Qua alguém me explique algumas coisas a respeito da internet. Tinha uma pessoa que por um mês e meio vinha me ajudar a utilizar o computador.
    Qual é a receita para ter uma vida como a sua?
    Não há nada de especial, sou uma pessoa muito simples, sou o que sou!
    Após a morte o que a senhora imagina que iremos encontrar?
    Encontraremos Deus!
    A senhora não se prende a lembranças do passado?
    Vivo o presente! Algumas vezes pergunto a mim mesmo: “-Quando irei morrer?”. Deus não me diz nada a respeito! Sempre em minhas orações peço a ajuda de Deus.
    O que a senhora acha de Piracicaba?
    Embora eu quase não sai da minha casa, estou contente em estar aqui, nesta cidade.

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