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    Entrevistas

    Nagib Mohammed Abdalla Nassar Ph.D

    Por João Nassif14 de setembro de 2008Nenhum comentário9 Min de Leitura
    Radio studio recording composition with characters of guest and talk show host talking in one microphone vector illustration

    O cientista egípcio Nagib Mohammed Abdalla Nassar é o entrevistado do jornalista João Umberto Nassif de hoje. Ele conta como conseguiu, com suas pesquisas aqui no Brasil, criar uma super-mandioca e ajudar no combate à fome na África. Nagib Mohammed Abdalla Nassar nasceu no Egito em 19 de setembro de 1938. É professor titular da Universidade de Brasília. Graduado pela Cairo University em1958 tornou-se mestre em genética pela Assiut University em 1965 e PhD em Genética (co-major em botânica) pela Alexandria University em1972. A convite do Ministério das Relações Exteriores, dentro do acordo científico bilateral veio para o Brasil em 1974. É professor titular da Universidade de Brasília desde 1987. Possui experiência na área de botânica, com ênfase em Botânica Aplicada. Com o apoio do Centro Internacional IDRC do Canadá na década de 70, e posteriormente do CNPq na década de 80, desenvolveu resultados híbridos da mandioca que estão plantados e foram adotados pelos agricultores em todo o Oeste da África cobrindo mais de 4 milhões de hectares. Na década de 90 lançou o primeiro híbrido da mandioca com o dobro da proteína, que atualmente se encontra, plantado em vários estados brasileiros. Nos últimos dez anos produziu o primeiro e único clone desta cultura abrindo um caminho para revolucionar a sua produção. Nassar desenvolveu, cruzando espécies silvestres com outras mais comuns, uma super-mandioca, com uma concentração maior de proteínas e maior produtividade por hectare plantado. O cruzamento do cientista ajudou vários países africanos a combater a fome em seus territórios e transformou a Nigéria no maior produtor mundial da raiz. Em reconhecimento ao sucesso no desenvolvimento do novo híbrido foi indicado em 2002 para o Prêmio Mundial para a Alimentação (World Food Prize), por cinco vezes ele concorreu ao prêmio, indicado pelo Centro Internacional de Pesquisa em Desenvolvimento (International Development Research). O horizonte que o cientista Nassar ampliou, por muitos foi reconhecido, encontrou também resistências por interesses comerciais e pessoais de alguns, não só no país como no exterior. Durante mais de 33 anos de trabalho, em universidades brasileiras criou amplo quadro de profissionais e pesquisadores, e introduziu cursos em várias universidades no Brasil (Rio Grande do Sul, Goiás, Viçosa, Brasília, São Paulo) e na América Central (CATIE). Ultimamente estendeu sua missão à Universidade Suíça de Berna. Ele tem seu site www.geneconserve.pro.br, no qual procura divulgar conhecimento sobre um produto tão comum e ainda por muitas das suas propriedades a serem exploradas: a mandioca. Uma parte da população brasileira imagina que a mandioca possa produzir a farinha, muito comum principalmente acompanhando o arroz e feijão. Também é muito consumida frita. A Embrapa de Cruz das Almas, na Bahia, comemora 22 de abril, o Dia da Mandioca. A data coincide com a do descobrimento do Brasil. “Foi aqui que os colonizadores portugueses descobriram também a mandioca, o ‘pão dos trópicos’. O amido extraído da mandioca é chamado de fécula que de acordo com seu teor de acidez é conhecido em duas versões: como polvilho doce ou polvilho azedo. A fécula de mandioca é utilizada no setor alimentício para a fabricação de drops de goma, cremes, tortas, geléias, conservas de frutas, tapioca, salsichas, mortadelas, lingüiças, carnes enlatados, sorvetes, fermento em pó, papinha infantil, o saboroso pão de queijo, o tão apreciado biscoito de polvilho, entre outras coisas. A fécula de mandioca possui um grande número de derivados. Na panificação, vem sendo utilizada como complemento para a farinha de trigo, inclusive na fabricação do pão francês. A indústria têxtil, também se utiliza da fécula para engomagem e estamparia, espessando os corantes e aumentando a firmeza e o peso dos tecidos. A indústria de papel também a utiliza para dar corpo, colar e dar resistência ao papel e ao papelão. Dentro das 98 espécies de Manihot, tidas como válidas Manihot esculenta é a única cultivada, pelas suas raízes ricas em carboidratos. Outras espécies silvestres foram testadas quanto à sua compatibilidade com M. esculenta por Nassar, que realizou hibridações, com sucesso, de M. tripartita, M. reptans, M. procumbens e M. oligantha com clones de M. esculenta. Os híbridos oriundos desses cruzamentos encontram-se na coleção viva da Universidade de Brasília.
    Como foi a infância do senhor no Egito?
    Minha infância foi boa. Tive muita dedicação aos estudos. Absorvi muitos hábitos das atividades do meu pai, que exerceu a militância política como líder da oposição ao então presidente do Egito Gama Abdel Nasser. Cresci em um ambiente que proporcionou uma visão mais ampla, politicamente e socialmente. Por isso sempre pensei que a minha pesquisa tem que ser ligada a um objetivo social.
    Como o senhor resolveu vir ao Brasil?
    Vim para o Brasil já com a missão planejada. Para melhorar a mandioca para a África eu tinha que vir realizar minhas pesquisas onde a planta tem uma grande expressão. Após uns quatros anos manipulei híbridos da mandioca e de acordo com as regras estabelecidas por regulamentos internacionais, mandei estes híbridos para a África. Passados quatro anos esses híbridos estavam plantados em quatro milhões de hectares em solo africano.
    Assim como pesquisadores brasileiros foram buscar abelhas africanas para melhorar o mel, o senhor veio para aprimorar a mandioca no Brasil, aplicar essa tecnologia aqui e enviar também para a África?
    Eu ouvi essas histórias sobre as abelhas africanas. Mas estão bem distantes da minha mandioca! O senhor veio para o Brasil com a sua família?
    Viemos juntos, descemos no Aeroporto de Congonhas. Cheguei no dia 24 de setembro de 1974, em um vôo da Varig. O avião veio quase vazio, porque a Varig tinha tido um acidente alguns meses antes. Achei interessante o fato de avião estar vazio, era um avião quase só meu!
    Qual foi a sua primeira impressão sobre o Brasil ao descer do avião?
    Fascinante! Extremamente fascinante. Piracicaba foi muito especial. Agora, quando voltei a Piracicaba quis rever os lugares que tinha freqüentado na época. Um dos locais foi o chamado Restaurante Arapuca. A cidade cresceu muito. Dizem que triplicou no período em que a deixei até agora. Piracicaba continua fascinante. O povo é muito hospitaleiro. Eu tive a melhor impressão do Brasil no período em que estive em Piracicaba. Fiquei em Piracicaba de setembro até o final de março de 1974.
    Hoje o senhor é brasileiro e egípcio?
    Tenho duas cidadanias.
    Como é o ambiente rural no Egito?
    O Egito tem uma alta densidade populacional. Chega a ser de três a quatro vezes superiores a densidade populacional do Brasil. A distribuição geográfica é concentrada no Vale do Nilo. Ao contrário do Brasil onde a distribuição é ampla. Essa densidade do Egito cria várias conseqüências no comportamento, na cultura.
    Qual é o significado das pirâmides para o povo egípcio?
    O egípcio sente orgulho das pirâmides.
    O senhor visitou as pirâmides?
    A minha residência fica ao lado das pirâmides! Até não construírem alguns edifícios, era possível do meu prédio ver as pirâmides.
    O que o senhor pode comentar sobre o Deserto do Sahara?
    Representa 95% do território egípcio. O Vale do Nilo representa 5%.
    O senhor como cientista, pesquisador, algum dia teve algum pensamento científico para aproveitar essa grande área?
    Existe sempre o pensamento. De aumentar a área cultivada, resolver o problema da explosão demográfica de 70 milhões de habitantes.
    Existe algum controle de natalidade?
    Existe. Mas aspectos culturais interferem. O governo quer uma coisa, mas hábitos culturais querem outra coisa.
    Existe violência?
    Havia violência política, agora já acalmou. Não existe criminalidade. O controle policial é muito grande. Existe a pena de morte através de enforcamento. Ela é usada em crimes hediondos.
    O que motivou o senhor a dedicar-se tanto na pesquisa sobre mandioca?
    Faz parte da minha profissão, como professor de cultura da África, lecionar a cultura de mandioca.A terra, para a mandioca ser cultivada, tem que ser uma terra rica?Pode ser um solo muito pobre, é uma planta de solos marginais. Está plantada em locais onde outras culturas não prosperam. Ela exige água, mas agüenta a seca. O tempo de cultura da mandioca é de um ano. Existem formas de conservar a mandioca na forma de farinha, ou então fazer chips (rodelas). A raiz da mandioca estraga rapidamente. Fermentada ela produz bebidas com teor alcoólico de 20% aproximadamente.
    O senhor ministrou um curso a respeito da cultura da mandioca na Flórida?
    Permaneci na Florida por um semestre, onde participei ativamente em um projeto deles. A única mandioca que existe lá fui eu que introduzi.
    O senhor acredita que nessa corrida para fabricar o álcool a mandioca pode participar?
    Sim, teoricamente pode. Eu sou contrário a utilização da mandioca como fonte para obtenção de álcool. Baseio-me no princípio de que há muita gente passando fome. Como vamos privilegiar a produção de álcool e deixar as pessoas com fome.
    Existe um só tipo de mandioca?
    Existe uma variedade muito grande. Inclusive tipos que se não forem devidamente processadas podem matar.
    Existe semente de mandioca?
    Eu criei uma linhagem para que a mandioca cresça a partir da semente.
    Como o senhor vê a posição das universidades brasileiras com relação a universidades de outros países?
    Há um progresso muito grande. Nos últimos cinco anos o progresso foi muito acentuado. Há um investimento muito grande, tanto de verbas vindas do exterior como verbas do próprio país. Acho que existe um futuro muito bom para as universidades brasileiras.
    Como o senhor conseguiu dobrar a quantidade de proteína na mandioca?
    Realizei pesquisas, fiz avaliação de espécies silvestres que tem uma quantidade de proteínas muito maior do que a mandioca comum. Uma das espécies tem quatro vezes mais proteínas do que a mandioca normal, é 8% de proteínas. Consegui um produto híbrido com 4,5% de proteínas.
    Há uma lei que deve ser acrescentada farinha de mandioca à do trigo?
    Existe uma lei tramitando no congresso para adicionar 20% de farinha de mandioca à farinha de trigo para fabricar o pão.
    Como o senhor se sente em ser responsável pela plantação de quatro milhões de hectares de mandioca na África?
    Eu contribuí para a plantação desses quatro milhões de hectares. Sinto-me muito orgulhoso. Realizei-me muito, cumpri uma parte importante da minha missão científica.

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