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    UM ENVELOPE POR TRÊS MIL REAIS

    Por João Nassif2 de novembro de 2005Nenhum comentário5 Min de Leitura

    UM ENVELOPE POR TRÊS MIL REAIS

    AUTOR: JOÃO UMBERTO NASSIF

    Salin Farid estava caminhando pela cidade, quando encontrou com seu conterrâneo Ibrahim Mansur.
    – Mansur! Vamos tomar cafézinho!
    – Vamos Farid! Eu pago o café para você.
    Ambos entraram no Café Central, um local onde circulam as cobras criadas da cidade, as línguas ferinas, os boateiros, também onde se têm informações mais precisas e rápidas do que na internet. Um burburinho toma conta do local. O café não é lá grande coisa. É feito em um bule enorme, que permanece o tempo todo em uma chapa de ferro aquecida.
    – Farid, eu fiquei sabendo que você foi visitar a família lá no Líbano!
    – Sim, Mansur, eu fui para ver mamãe. Aproveitei para visitar os parentes.
    – Alguma novidade Farid?
    – Apenas uma dançarina egípcia que anda enlouquecendo os homens com a dança do ventre!
    – Você levou sua mamãe para ver espetáculo Farid?
    – Mansur, você está louco da cabeça? Sabe que mamãe freqüenta apenas a Igreja. Aquela santa só sabe rezar! Olhe só aqui o que ela me fez trazer, 100 envelopes pré-selados, para que eu não tenha nenhuma desculpa, e sempre escreva para ela!

    Aproximando-se do pacote com os envelopes, Mansur fica admirando a beleza do selo, com o tradicional cedro do Líbano estampado, borda dourada, uma maravilha de selo postal, seus olhos ficam úmidos, um clima de nostalgia acompanha o último gole de café.

    – Mansur, eu vou indo até o banco, mas como você é meu irmão, quero dar-lhe um presente. Tome um desses envelopes. Escreve para a sua mamãe também!
    – Farid, minha mamãe morreu já faz 10 anos!
    – Não tem problema! Deixa cartinha no tumulo! Já está selada até o Líbano!

    Assim Farid e Mansur despediram-se. Mansur caminhava, pensando em qual seria o melhor destino para aquele envelope que tinha na mão. Não tinha andado cinco minutos quando encontrou o Vitório Romano. Como sempre, muito falante, gesticulando muito, revoltado com a falta de apoio que os agricultores recebiam, Vitório era o típico sitiante. Amava a terra, admirava a força da natureza, e gabava-se de ser amigos de políticos influentes. Tinha na sala da sua casa fotografias tiradas ao lado de políticos em vésperas de eleições. Dizia a todos: – Tá vendo deputado tal? É amigão meu! E fulano que é prefeito? Só faz obras aqui na região depois de falar comigo! Assim prosseguia na sua preleção. Pensando em uma futura necessidade, quem ouvia não duvidava, mas também não acreditava muito naquelas amizades de fotografias.
    Seu Mansur! Foi bom encontrar o senhor, que é um homem viajado. Preciso mandar uma carta para o Presidente da República! Ele precisa saber que ali no Ribeirão Tijuco Preto a pinguela (pinguela: apenas um tronco de árvore, sobre as águas) tá quase caindo. O Seu Leôncio, tomou uns goles no bar do Pedrão, foi atravessar a pinguela e quase caiu! Já pensou na tragédia se esse homem cai no Ribeirão? Ele tem quase 78 anos e não sabe nadar!
    -Calma seu Vitório! Olha a coronária! O senhor pode ter um enfarte! O senhor chegou na hora certinha! Encontrei com um primo meu que é funcionário da embaixada do Líbano. Ele disse que quando eu precisar alguma coisa do Presidente da República é só mandar uma carta que é com selo da mala diplomática.

    -Seu Mansur, homem de Deus, onde vou achar essa mala?

    -É um envelope com selo oficial do Líbano. É de governo para governo. Coisa oficial. Está escrito no selo!

    Vitório apesar das poucas letras, ainda assim conseguia ler alguma coisa, mas aquilo tava difícil. Um monte de risquinhos. Ele nunca tinha visto nada igual! Deve ser coisa de governo mesmo!
    -Seu Mansur, o senhor sabe que sou líder comunitário do Bairro da Conceição, se eu não trocar aquela pinguela por uma ponte, perco prestigio. Se eu colocar uma carta para o Presidente da Republica nesse seu envelope diplomático o senhor garante que ele vai ler?
    -Ele faz isso toda noite antes de dormir! Fica lendo envelope diplomático!
    -Quanto o senhor quer desse envelope seu Mansur?

    -Trezentos reais. É o valor oficial do correio! Só estou cobrando o selo!

    Vitório coçou a barba rala, pensou na oportunidade, e fez a oferta:
    -Seu Mansur, eu tenho um potrinho novo, que vale isso.

    – Eu não tenho o que fazer com um potrinho. Mas para atender o líder da comunidade da Conceição eu aceito

    Uma hora depois, caminhava Mansur puxando por uma corda um potrinho, quando passou por ele, o Coronel Ferreira, maior fazendeiro da região. Parou a caminhonete de luxo. Perguntou:
    – Bom dia ! Tá vendendo o potro Seu Mansur?

    – Bom dia Coronel Ferreira! Na verdade estou levando o
    Quincas, esse é o nome dele, para treinar. É um autêntico campeão!

    Seu Mansur, gostei do animal! Vou dá-lo para meu neto que faz
    aniversário hoje. Aqui têm 3 mil reais.

    – Infelizmente não posso aceitar esse negócio, não é honesto coronel.
    –
    Coronel Teixeira ficou vermelho, quase avança sobre Mansur, mas resolve perguntar porque o negócio não é honesto.
    – É que o Quincas só entende árabe, para entender português precisa de uns seis meses de aulas.

    – O senhor está contratado! A partir de hoje é o professor de português do Quincas. Quem sabe mais tarde poderá ensinar inglês também!

    TODO E QUALQUER NOME OU REFERÊNCIA É APENAS UMA COINCIDENCIA, SENDO O TEXTO IMAGINAÇÃO DO AUTOR.

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