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    Entrevistas

    Entrevista de João Nassif com Prof. Dr.Guido Ranzani

    Por João Nassif17 de outubro de 2023Nenhum comentário10 Min de Leitura

    Guido Ranzani mantém extremo bom humor, ao ser fotografado, muito bem disposto, contagiou o ambiente dizendo: “- Cansa fazer cara de inteligente!”. Durante o bate papo, do alto dos seus 95 anos, manteve um diálogo alegre, esbanjando cultura e de extremo bom senso, mantém-se muito bem atualizado através dos veículos de comunicação. Sua filha Macau, que foi a primeira dama de Piracicaba, na gestão do marido, o ex-prefeito João Hermann Neto, já falecido, confidencia em voz alta, que seu pai ainda gosta de comer uma rabada com polenta e uma taça de vinho, tradição italiana da qual ele não abre mão. Admiradora do pai, ela diz que ele era um terrível “pé-de-valsa”, a ponto de algumas vezes deixar a mãe com certa ponta de ciúmes injustificados. Guido Ranzani foi piloto nos tempos em que a coragem era o melhor combustível de um avião. Pára-quedista, bom futebolista, atacante destemido, daqueles que jogam para decidir a partida. Assim como jogava com garra, também mergulhava nos livros, estudioso, é o pioneiro na classificação de solos de diversas regiões do Brasil e de outros países, tendo elaborado cartas de solo, inclusive a de Piracicaba. Seu currículo é composto por trinta e uma páginas. Guido Ranzani é uma autoridade consagrada dentro e fora do Brasil, tornando-se uma figura lendária entre os estudiosos de solo. É membro das seguintes sociedades: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo; Sociedade Paulista de Agronomia; Sociedade Brasileira de Botânica; Sociedade Latino-americana de Ciência do Solo; ‘British Soil Science Society’; ‘Pacific Science Association’; Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola; Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência; Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba; Associação dos Geógrafos Brasileiros; Comissão Internacional de Condicionadores do Solo. Recebeu os títulos honoríficos: Medalha Marechal Rondon – jun/1994; Sócio Honorário da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – jul/1997; Cartão de Prata da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Tocantins (AEATO), 1997; Cartão de Prata do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia/TO, 2000; Medalha de Mérito Científico e Tecnológico, concedida pelo Governador Geraldo Alkmin/SP, 2001; Cartão de Prata da Câmara Municipal de Piracicaba/SP, 2001; Medalha de Mérito Científico, ‘Scientiarum Persona Magnífica’, prof. Walter Radamés Accorsi, Clube dos Escritores de Piracicaba/SP, 2003; Título Cidadão Destaque Ambiental, CONDEMA-Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, Piracicaba/SP, 2004.

    O senhor é piracicabano?

    Nasci em Serra Azul, no dia 5 de fevereiro de 1915, sou filho de Francisco Elias Ranzani e Elizabeth Bernardes Ranzani, sou o mais novo de cinco irmãos: José, Antonia, Leonor e Maria. Meu pai era ferreiro, sozinho ele ferrava os cavalos puro sangue inglês existentes na fazenda Serra Grande. Uma característica do puro sangue inglês é ter defeitos no andar, com a ferradura de pesos diferentes em suas patas corrige-se o passo do animal. A Fazenda Serra Grande era a maior fazenda das imediações, seu proprietário era J.Martins, um político de grande expressão naquela região. Comecei a estudar no Grupo Escolar de Serrana, minha primeira professora chamava-se Marina do Espírito Santo, ela gostava muito de mim. O secundário eu fiz em Campinas, no Instituto Cesário Motta, aos onze anos de idade já era aluno interno, só ia para a minha casa no período de férias. Eu tocava na banda da escola, era corneteiro, nas festas típicas tocava violão.

    Quando o senhor passou a morar em Campinas, como aluno interno, estranhou muito?

    Mudou completamente! Saíamos aos sábados, tomávamos um sorvete, passeávamos um pouco no centro e voltávamos para o internato. No período de férias meu pai ia me buscar com seu carro, um Chevrolet preto.

    Após concluir o ginásio o senhor estudou onde?

    Fiz o Colégio Universitário, anexo à ESALQ, no período de 1936 a 1938. Prestei os exames e fiz o curso superior de Engenharia Agronômica, no período de 1938 a 1941.

    Quando o senhor entrou na ESALQ o senhor veio morar onde?

    Morei na República Rio Negro.

    Após formar-se como agrônomo, o senhor foi trabalhar aonde?

    Fui convidado por Manoel Ribas, interventor do Estado do Paraná, para trabalhar no Norte do Paraná como diretor da Fazenda Matilde. Havia gado de diversas espécies, cavalos puro sangue inglês. Duas éguas da raça Bretã Postier, a Quina e a Bala quando eram colocadas no semi-trole formavam uma composição que parecia um brinquedo. Na Fazenda Matilde permaneci por três anos. Voltei á Piracicaba, ingressei na ESALQ como assistente do Prof. Mello Moraes, o Melinho. Ele me jogou na fogueira, disse-me: “-Você vai tirar a livre docência logo, não vou esperar muito tempo não!”. Enterrei-me nos livros, fiz a livre docência e comecei a vida universitária, assumindo a cadeira de Solos, eu estudava para valer.

    Como o senhor conheceu sua esposa?

    Foi em um baile da ESALQ, eu cheguei até a comentar com meus colegas: “Vejam aquele narizinho em pé, é da paulistinha!”. Giselda Barbosa era natural de São Paulo. E não é que fui fisgado por ela! Casamos em Santos, para onde sua família havia mudado, tivemos quatro filhos: Godofredo, Maria da Graça, Maria Cláudia (Macau) e Adriano.

    Com o neto Gustavo Ranzani Hermann

    Em seu álbum de família há várias fotografias em que o senhor aparece dançando, essa animação sempre existiu da sua parte?

    Eu era arroz de festa!

    Qual é seu time do coração?

    Sou Santista! Pratiquei bastante futebol. Era center-half (beque central) do “A” Encarnado, eu marcava a ponta direita. Um dos jogos dos quais me lembro foi uma partida contra o XV de Novembro de Piracicaba, o jogador Leme era o ponta direita, ele não pegou uma bola durante o jogo todo. Eu era uma brutalidade, muito atrevido, entrava feio, para resolver a questão, não havia meio termo. O Leme saltitava em volta, não se atrevia a ir pegar a bola.

    O senhor pilotava avião?

    Fazia até acrobacias aéreas com o Piper, me brevetei com um F-5, motor radial, fui o centésimo piloto de Piracicaba, entrava na pista a 100 quilômetros por hora, era um bi-plano muito pesado e com pouca área de sustentação, era necessário estar sempre em velocidade para garantir a segurança do vôo.

    Passou algum apuro pilotando?

    Passei por diversos apuros, um deles foi o motor que morreu, não pegava mais, eu desci planando, existe duas formas de dirigir-se de um ponto ao outro, deixar o avião já caindo ou inclinado para a aterrissagem.

    Por acaso o senhor passou entre as duas torres da catedral de Piracicaba?

    Passei! (Guido respondeu com ar de criança que fez alguma arte).

    Salto de para quedas chegou a realizar algum?

    Saltei na cidade de Araraquara.

    Quais são seus livros e capítulos de livros publicados?

    Publiquei os seguintes: Solos para Cana de Açúcar; Pequeno Guia para Levantamento de Solos; Manual de levantamento de Solos; Terras para Café, O Solo como Fornecedor de Nutrientes aos Vegetais; Manual de Levantamento de Solos; Subsídios à Geografia de Piracicaba.

    O Mapa de Solos de Piracicaba é de sua autoria?

    Foi trabalho do meu departamento. O mapeamento de solo já existia como atividade comum, não era novidade. Esses mapeamentos são de penetração em todos os pontos de mudança de relevo, de solo, de vegetação, o trabalho é feito visitando cada ponto e comparando, fazendo confronto entre cada grupo de solo, dando a cada um suas aptidões existentes, dando informações a cada proprietário de terras, fornecendo as orientações de uso e manejo do solo, essa era a finalidade. Existem muitos tipos de manejos que são feitos uma vez só e o solo deteriora. Existem os manejos conservacionistas, fazem bem para o solo e para o bolso do dono da terra.

    O senhor sabe que foi um pioneiro?

    Só distribui o que conhecia, acreditava no que estava fazendo. É uma coisa fácil de ser feita, todo mundo fazia.

    O senhor fez levantamento de solos no Estado de Tocantins?

    Fiz, permaneci por 10 anos morando em Tocantins.

    O solo de Piracicaba é rico?

    Tem terras muito ricas, normalmente mal manejadas. O solo é uma entidade natural muito delicada, qualquer processo mal conduzido produz uma energia de transformações não desejáveis, baixa o nível de atividade. Existem solos muito delicados, onde a maior agressão é colocar um arado revirando tudo. Ele perde a capacidade de agregar as qualidades. O solo é como um animal, que possui suas qualidades e o proprietário não as quer perde-las, faz de tudo para conservar essas qualidades. Existem processos que uma vez ativados não tem jeito de voltar.

    E a Amazônia, onde o senhor permaneceu por vários anos?

    A Amazônia é um exemplo! O desmatamento da Amazônia é feito independente de uma vistoria das possibilidades existentes para a utilização das terras, ou para qualquer finalidade que se tenha em mente. Lá acontecem as coisas sem nenhum cuidado. Não se pode ir contra essas qualidades, elas devem ser conservadas, geralmente a utilização é uma agressão tremenda, o uso de produtos químicos é uma das questões mais polemicas altera o dinamismo das atividades, em vez de beneficiar, prejudica, aumenta-se os problemas. Há terras em que o equilíbrio é mantido com uma delicadeza a toda prova. Não se pode simplesmente entrar, limpar e arar! Isso está completamente errado. Existem terras que não devem sustentar produções agrícolas. Essas terras são indiscriminadamente utilizadas, não há separação do joio e do trigo, são solos muito delicados, que devem permanecer com a vegetação natural para manter o equilíbrio ecológico.

    É difícil expor isso para quem está explorando a terra?

    É difícil! Às vezes é a única terra disponível.

    O que a ESALQ representa para a agricultura brasileira?

    A ESALQ é uma peça fundamental para o desenvolvimento agrícola do país, e ela está no rumo certo. O IPT está se instalando também em Piracicaba, isso é só o começo, deverá vir outras coisas mais difíceis de introduzir e mantê-las.

    O senhor é religioso?

    Sou, rezo todos os dias, não me deito sem fazer a minha parte.

    Algumas pessoas acreditam que a morte encerra completamente a existência do individuo, física e espiritualmente, qual é a sua opinião?

    Não penso assim. Acho que a outra vida é melhor.

    Cientificamente existe algum indício de outra existência?

    Não sentimos racionalmente. Hoje tudo gira em torno do cérebro, o processo do raciocínio. A outra vida não tem essa contribuição, não tem o cérebro ajudando. Eu acredito em outra vida, para mim a morte é uma troca de roupa. Tomando-se um bom banho, troca-se de roupa! Não participaremos com o organismo, mas com o espírito, e espiritualmente nós não temos a capacidade para discutir quase nada, não conseguimos ter a devida argumentação, não encontramos palavras, e nós também não sabemos. O fato de ignorarmos o que existe após a morte não recomenda que se despreze alguma coisa. Existe uma forma de vida, completamente diferente. Eu não posso discutir isso, você não pode discutir ninguém pode discutir a respeito. O fato de acreditar que existe é até recomendado, você vive melhor. Se morrer irei me expressar de maneira diferente, não é falando ou ouvindo, me preocupando com as coisas que tenho me preocupado, as preocupações são outras. Troca-se esta vida por outra forma de vida, a forma de vida espiritual, que não temos nenhum parâmetro para discutir, basta acreditar, acreditando é o suficiente e eu acredito!

    E o mérito pessoal? Há pessoas que agem de forma correta outras não.

    Agindo bem a pessoa não estará criando obstáculos para essa outra vida, que desconhecemos. A pessoa pode criar problemas para o outro ele. O maior inimigo do homem é ele mesmo. É um tema difícil de discutir.

    Às vezes o senhor olhando no vazio vê um filme em sua frente mostrando seu passado?

    Volto muito! É bom recordar a experiência adquirida. Não estou levando nenhuma complicação para a outra vida!

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