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    Entrevistas

    ELAINE DE LEMOS ELIAS

    Por João Nassif3 de dezembro de 2011Nenhum comentário11 Min de Leitura
    Radio studio recording composition with characters of guest and talk show host talking in one microphone vector illustration
    PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
    JOÃO UMBERTO NASSIF
    Jornalista e Radialista
    joaonassif@gmail.com
    Sábado 03 de dezembro de 2011
    Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
    As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
    http://blognassif.blogspot.com/
    http://www.tribunatp.com.br/
    http://www.teleresponde.com.br/

    ENTREVISTADA: ELAINE DE LEMOS ELIAS
    Elaine de Lemos Elias é Psicanalista, formada em Letras e Filosofia, fez parte do grupo “O Sentimento do Mundo” na Unicamp, na área de Antropologia, como pesquisadora de João Guimarães Rosa. Publicou “Estranjo”, “Silêncio de Celofane” e recentemente “João Braço”, este em parceria com o Professor Carlos Rodrigues Brandão, obra premiada pelo Governo do Estado de São Paulo. Nascida em Piracicaba em 1 de abril de 1956, filha de Oscar de Lemos e Edy Conceição de Barros Lemos. Seu pai trabalhou por muitos anos no Engenho Central, foi Sindicalista dos Metalúrgicos. Elaine nasceu e cresceu na então chamada “Colônia do Engenho Central”, na Travessa Maria Maniero, ao lado do Mirante, as quedas de água do Rio Piracicaba, com deslumbrante paisagem, rica em mata preservada.

    A senhora é privilegiada, nasceu e cresceu em um local de rara beleza.

    Meus avôs maternos moravam mais no final da Travessa Maria Maniero, próximo ao Engenho Central, na minha infância passava ao lado do Rio Piracicaba, o tempo todo. Lembro-me do trem que passava por ali, através de uma pequena escada podíamos descer até a beira do Rio Piracicaba, junto ao Mirante. O Mirante era praticamente o quintal da minha casa, com jardim!

    Seus estudos iniciais foram realizados na Vila Rezende?

    O primário eu estudei no Grupo Escolar José Romão, o ginásio no Colégio Estadual “Jerônimo Gallo”. Uma das professoras que me marcou muito foi a Ada D`Abronzo, era enérgica. O jardim em frente a Igreja Maria Imaculada era muito bonito, naquele local eram feitas as quermesses, conheci a igreja anterior que foi demolida para ser substituída pela atual. A impressão que tínhamos é pertencíamos aquele lugar e também que aquele lugar nos pertencia.

    E o bonde, era um passeio interessante?

    Eu era muito pequena, meu pai me levava para passear no centro todo final de semana, íamos de bonde.

    Por acaso algum dia a senhora entrou nas águas do Rio Piracicaba?

    Entrei! Fazíamos as aulas de educação física á tarde, após a aula, íamos em um grupo de meninas até o Mirante, descíamos nas pedras, andando pelo leito seco do Rio Piracicaba, com a roupa de ginástica: shorts, meias, tênis, camiseta.

    Até que idade a senhora permaneceu morando nesse verdadeiro paraíso?

    Quando participei de um projeto denominado “Sentimento do Mundo” na Unicamp, com o Professor Carlos Rodrigues Brandão, acabei ficando com esse projeto do “João Braço” pela idéia do destino dos que ficam no lugar, que é a história do “João Braço”. Acredito que não foi por acaso que realizei esse projeto, eu nasci, me criei, casei com o meu primeiro marido, Antonio Reinaldo Zanin, que também foi residente da Vila Resende. Nunca me mudei da Vila Resende. A minha mãe têm em suas origens, laços com a família Conceição, minha avó materna é filha de Pedro Conceição.

    Como é a Escola Psicanalítica?

    É um percurso longo, demorado, a psicanálise é a cura pela fala, onde se estuda o inconsciente Fiz esse percurso em uma escola lacaniana, Jacques-Marie-Émile Lacan fez a releitura e atualizou a obra de Freud que foi o inventor da psicanálise e descobridor do inconsciente. O analista é aquele que lida com o “não dito” do paciente, o inconsciente. Quando o paciente vem dizer da dor dele, da questão dele, o que acontece para que ele não consiga lidar com o mundo, o psicanalista irá ouvir a história do paciente e a verdade que o paciente não diz. Quando o individuo se expressa, conta a seu respeito, não fala subjetivamente, o indivíduo se expressa de forma linear, cabe ao analista buscar as causas em uma forma espiral como é de fato a vida. A vida não é linear.

    A senhora aprofundou seus estudos em psicanálise por quanto tempo?

    Após 10 anos de análise, fiz supervisão com Contardo Calligaris (psicanalista italiano radicado no Brasi), em Campinas fiz psicologia clínica. Sou formada em filosofia também, fui aluna do professor Marcio Mariguela, também psicanalista, tive aulas com Mauro Mendes Dias (Psicanalista, Membro fundador da Escola de Psicanálise de Campinas, responsável pelo grupo de trabalho sobre “As psicoses em Lacan”), considero que o percurso que realizi tenha sido muito rico.

    A senhora já era casada quando passou a trabalhar com análise?

    Formei-me em Letras, me casei, tive dois filhos. Parei tudo, cuidei das crianças. Cuidei de um jardim imenso que havia em casa, escrevi muito, guardei em gavetas. Enquanto as crianças cresciam tive uma vida essencialmente doméstica. Fiz um curso de Antropologia, foi onde conheci o Carlos Rodrigues Brandão e participamos desse projeto “Sentimento do Mundo”, que deu origem ao livro “João Braço”. Aos 52 anos meu marido faleceu de forma repentina, foi uma tragédia em nossa vida. Meus filhos tinham 17 e 20 anos.

    De repente a senhora se viu sem chão, nesse momento surgiu uma linha divisória em sua vida?

    Eu já estava trabalhando na Delegacia de Ensino, passei a assessorar Luiz Carlo Feres, em seguida fui fazer Filosofia. Quando completei quarenta anos fiz um artigo sobre os Quarenta Anos, onde dizia que o meu pomar já deveria estar dando frutos, ele ainda estava só com flores. O advogado, jornalista e escritor Cecílio Elias Neto também estava fazendo Filosofia, foi quando nos conhecemos.

    A senhora atualmente só trabalha como psicanalista?

    Respiro pasicanalise! Trabalho das 11 horas da manhã até as 10 horas da noite, com agenda literalmente tomada.

    A senhora acredita que o materialismo está afetando profundamente o ser humano?

    A economia, a voracidade de tudo muito rápido afeta demais. O meu trabalho me realiza porque é um outro tempo. Quando fecho a porta do consultório com o meu paciente, passa a ser um outro tempo. O tempo da escuta, atualmente ninguém escuta mais ninguém, por isso o consultório está cheio. O tempo da prosa parece ter terminado, hoje tudo é dominado pelo olhar, pela rapidez. Essa onda de tantas informações vem em contraponto com o conhecimento real das pessoas. A sociedade está pervertida, em linguagem psicanalitica perversão é a falta da lei, as pessoas atualmente não tem limites. Falta família, a estrutura familiar poder se mexer, mas dentro de um limite. A criança cresce sem saber qual é o limite dela, não encontra ninguém para dizer a ela o que ela não pode fazer, por si só ela não sabe. Essa questão da autoridade é uma questão muito séria.

    Para a humanidade isso é novidade?

    Da maneira que estou vendo hoje acho que é. Percebe-se que as crianças estão perdidas. Existe uma grande diferença entre autoritarismo e autoridade. Falta educação.

    Está ocorrendo uma revisão por parte dos profissionais da educação, psicanalistas, porque até a pouco tempo era proibido proibir?

    Sim, com certeza, é um processo arduo, quase solitário. A psicanalise preocupá-se com o comprometimento, em lidar com a realidade. A voz, a fala, para se realizarem acordos que tenham peso. Comprometer-se com aquilo que voce se propos.

    Podemos concluir que de certa forma nos tornamos imorais, quando não respeitamos aquilo que falamos?

    Exato.

    O dependente químico busca na droga uma táboa de salvação?

    O dependente químico por trás tem sempre a dificuldade de lidar com a realidade.

    São pessoas mais fragilizadas?

    São pessoas mais fragilizadas, mas não no sentido negativo, e sim positivo, ela chega diante de um impasse, a sua única saída é a morte, no entanto ela não tem coragem de por termo á vida de forma brusca, ela entra em um suicidio lento nas mais diversas formas: anorexia, bulemia, drogas, tabaco, alcool.

    Quem trabalha de forma compulsiva, dependente do trabalho, o famoso workaholic (Serve para designar uma pessoa viciada, não em álcool mas em trabalho), entra nessa classificação?

    Todo aquele que passa por cima de si mesmo, não quer parar, se parar pensa, se pensar chora. A proposta da psicanálise é exatamente essa, a pessoa tem que parar para se ouvir.

    Qual é a importância da analise para o individuo?

    É saber lidar com suas próprias questões, todos nós temos questões, que às vezes nem nós conseguimos formularmos as nossas próprias questões, por não parar para pensar.

    O fato de uma pessoa procurar um especialista seja um dermatologista, ortopedista, cardiologista sempre foi considerado normal, porém até alguns anos procurar um analista já criava o conceito errôneo de que a pessoa sofria das faculdades mentais. Isso mudou?

    Quem procura um profissional em analise é porque se estranhou e está querendo se entender. Doente é quem não se estranha na oportunidade em que isso ocorre. O inconsciente guarda tudo, segundo Freud, desde o momento em que a pessoa nasce, pelo Carl Gustav Jung vai além. Todos nós temos registrado tudo que aconteceu, é estrutural.

    Somos verdadeiros gravadores de imagens e sensações desde o nosso nascimento?

    Exatamente. São as sensações que fazem o adulto vir para a análise. A sensação se repete, a criança tem a sensação, mas não tem a capacidade de elaborar aquela sensação. Uma criança que sofre um abuso, ela sente-se muito mal, mas não elabora aquilo, principalmente se sofrer abuso por parte de alguém que exerça autoridade sobre ela. Ela arrasta isso ao longo da vida.

    Pelos estudos que a senhora realiza, pode-se dizer que isso ocorre com muita freqüência?

    Atualmente mais do que nunca. O mundo está perverso. Falta civilidade, falta educação. Essa perversidade, a dificuldade da pessoa se situar. Hoje no Brasil se fala em “Nova Classe C”, só que a referência é para o consumo e não para a educação, se dá algo, mas não se oferece condições para a pessoa saber o que irá fazer com aquilo. Não são transmitidos valores, princípios, que realmente possam agregar o que importa de fato á pessoa. Hoje tudo está voltado ao consumo.

    Em países com elevado padrão de vida também ocorrem fatos estarrecedores, como o austríaco que manteve a filha prisioneira e com quem teve vários filhos.

    Os psicóticos estão em todos os lugares, levam uma vida aparentemente normal, mas são os mais perigosos. A falta de uma estrutura familiar, da presença daquele que sustenta a criança, junto a ela, acompanhando essa criança, para ela se tornar um adulto melhor, dificilmente esse adulto se tornará um psicopata. Pode até ocorrer, mas é muito mais difícil. O que ocorre é que não existe essa figura, as mães estão trabalhando, a criança ou está com a avó, com a empregada, ou em frente à televisão. A criança fica sozinha, ninguém sabe o que ela está pensando. Ninguém sabe o que está crescendo ali.

    O profissional de psicanálise ao final de um dia de trabalho como reage?

    Tem que estar habilitado a exercer seu trabalho, isso só após muitos anos de estudos, “cursos rápidos de formação, algo como dois anos” não habilitam a pessoa a exercer a função, é uma atividade que exige muito conhecimento do profissional.

    A senhora escreveu muitos artigos e alguns livros, pode dizer qual foi o primeiro livro?

    Foi o “Estranjo”, que aborda sobre o estranhamento do anjo. O segundo foi “Silêncio de Celofane”, ele tem pinturas de Caravaggio e Botticelli, fui escolhendo as fotos e escrevi poemas, feitos na primeira pessoa, e fala sobre o exagero do discurso amoroso. O terceiro livro é “João Braço”, ensaios de um homem chamado João, com fotos e escritos, é um negro velho do Vale do Jequitinhonha. Gosto de fragmentos, de brincar com a palavra.

    Como a senhora analisa a morte do ser humano?

    Acredito na evolução do ser humano, acredito que é o amor que move tudo. Não existem pessoas totalmente ruins nem totalmente boas. Nós temos condições de fazer com que o lado bom próprio floresça. Cada um o seu. Se outra pessoa não quer se tornar uma pessoa melhor nós não iremos mudá-la. Isso é como um jogo de xadrez, se você quer que determinada pessoa mude, primeiro mude você a si mesmo. Num tabuleiro de xadrez se você muda uma peça, todo o resto muda de função.

    A senhora casou-se em segundas núpcias?

    Em 8 de dezembro de 2010 casei-me com Cecílio Elias Neto, nosso casamento foi celebrado pelo Bispo Dom Eduardo Koiak na Igreja São Dimas, sendo também formalizado no registro civil. O meu momento e o do Cecílio nos oferece uma vida muito boa.

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