A estação de Piracicaba Paulista foi aberta em 1922, depois de mais de vinte anos de espera e promessas de chegada do ramal da Cia. Paulista à cidade, em terreno doado pelo sr. João Baptista da Rocha Conceição, dono da fazenda Algodoal, a nordeste da cidade, e que por causa dela se havia metido dez anos antes em uma briga jurídica com a Prefeitura por causa da construção do matadouro Modelo em terras de sua fazenda. O nome da estação tinha a terminação Paulista para diferenciá-la da estação da Sorocabana, situada a não mais de dois quilômetros dali, no centro da cidade. As linhas da Paulista e da Sorocabana não se encontravam; apenas se cruzavam (a da CP passando sobre uma ponte sobre a linha da EFS) um pouco antes de chegar à estação nova. A arquitetura da estação era a mesma da de Jaú, construída poucos anos antes no ramal de Jaú, da mesma CP. Como esta, Piracicaba Paulista era a estação terminal do ramal. Após a supressão dos trens de passageiros do ramal, em 1976, a estação ainda seguiu aberta até cerca de 1990, mas, com a supressão quase total dos cargueiros na linha, acabou sendo fechada. Atualmente está abandonada, e a linha idem. (Fontes: relatórios da Cia. Paulista; “Síntese Urbana (1822-1930)”, de Marli T. G. Perecin, Piracicaba, SP).
Embora idealizado desde o fim do século XIX para ligar Limeira a Piracicaba, somente em 1916 o ramal de Piracicaba começou a ser construído pela Cia. Paulista, mas saindo de Recanto, estaçãozinha logo após Nova Odessa. Em 1917 chegou a Santa Bárbara para aí estacionar até 1922, quando se o prolongou até a estação terminal de Piracicaba Paulista. O ramal tinha bitola larga e não se ligava com o ramal do mesmo nome, da Sorocabana, cruzando-se na entrada da cidade em desnível. Em 1922, tencionava-se o prolongamento até Bauru, idéia abandonada em 1925 por causa das dificuldades das serras no caminho. Apesar disso, em 1969 voltou a se falar na ligação Piracicaba-Torrinha, que também não saiu. Em 1976, o tráfego de passageiros foi suprimido, e nos anos 90, o ramal foi abandonado.


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