PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 23 de junho de 2012
Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
http://blognassif.blogspot.com/
http://www.teleresponde.com.br/
Roberto Felício nasceu a 11 de janeiro de 1952, em Itapuí, cidade localizada entre Jaú e Bauru. É um dos quatro filhos de Lauro Alberto Felício e Lúcia Zucholoto Felício: José Eduardo, Arlete. João Antonio e Roberto. Ele ainda não tinha um ano de existência quando sua família foi morar em Jaú onde viveu até os 21 anos. Seu pai exerceu diversas atividades, foi administrador de fazenda, trabalhou na Estação da Companhia Paulista em Jaú, com embarque e desembarque de café, foi metalúrgico, mais tarde, em 1965, tornou-se açougueiro, cuja prática já tinha, adquirida quando morava na zona rural. Roberto fez o grupo escolar e a escola técnica industrial em Jaú, na época equivalia ao ginásio, fez o instituto de educação, antigo colegial Em Bauru fez curso superior em Desenho e Plástica. Aos 21 anos mudou-se para São Paulo, onde além de lecionar fez a Faculdade de Educação Artística. Roberto fez diversas especializações na em linguagem cinematográfica, fotografia, gravura. Considera-se um teórico dentro da linguagem de Artes Plásticas, um estudioso da estética, filosofia, história da Arte. Não se considera um artista.
Ao chegar a São Paulo onde o senhor foi morar?
Meu irmão João Antonio (que mais tarde tornou-se presidente da CUT) e eu nos formamos juntos e fomos para São Paulo, onde alugamos um apartamento na região central entre os Bairros Santa Cecília, Perdizes, Barra Funda e Pacaembu. Comecei a lecionar no bairro Morro Grande, era uma periferia da Freguesia do Ó. Hoje Morro Grande não é considerado tão periférico, A cidade cresceu, avançou muito na direção da Cantareira. A maioria dos meus alunos era constituída por filhos de funcionários de uma pedreira, muito próxima do Grupo Escolar e Ginásio do Estado. Lecionei também em algumas escolas particulares em São Paulo: A SAA em Santana, na Escola Visconde Porto Seguro, antiga Escola Alemã de São Paulo ou Deutsche Schule. Trabalhei lá em 1974, foi no ano em que ela saiu da Praça Roosevelt e se transferiu para o Morumbi, uma vez que a maioria dos seus alunos era originária da região de Santo Amaro. Cheguei a conclusão de que não havia sentido ficar dando 60 aulas por semana em escolas publicas e particulares. Em 1980 tornei-me professor efetivo através de concurso prestado. Havia me casado com uma paulistana, morava na região de Santana, fui lecionar em uma escola chamada Professora Amenaide Braga de Queiroz próxima do Hospital da Água Fria. Lecionei na Escola Estadual Albino César, que é uma das maiores escolas da Zona Norte. Sou pai de três filhos: Renato, Ana Carolina e Júlia. Em 1978 tivemos os primeiros movimentos de professores, primeiras greves, mobilizações para denunciar as situações precárias do ensino, as más condições de trabalho dos professores, os salários inadequados. Em 1985 fui fazer parte da direção do sindicato, que era ainda a Associação dos Professores de Ensino do Estado de São Paulo a APEOESP. Em número de filiados é a maior organização sindical do país.
O senhor é militante do Partido dos Trabalhadores a partir de quando?
Participei da fundação do Partido dos Trabalhores em 1980. Eu e meu irmão João Felício não estavamos no Colégio Sion naquele dia, mas tomamos a decisão de formar o Partido dos Trabalhadores, nós não participamos porque não éramos delegados, mas participamos da eleição de pessoas que iriam tomar parte no processo de formação do partido. Portanto tenho 32 anos de militância partidária. Se voce considerar o espectro político do Brasl o PT é ainda um partido jovem com uma experiência fantástica. Em 1983 participei da Central Única dos Trabalhadores, em 1985 passei a integrar a diretoria do sindicato dos professores. Com o advento da nova constituição em 1988 transformamos a Associação APEOSP em Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo mantendo a sigla APEOESP por ela ser muto conhecida. Em 1987 fiz parte da direção da CUT São Paulo, fui secretário de informação da CUT em 1987,1988 e 1989. Em 1989 fui eleito presidente da CNTE Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação, que era a antiga Confederação dos Trabalhadores do Brasil, CTB, mudou de nome porque passou a absorver também os funcioários de escolas, gerou um conceito que abarcava professores, supervisores de ensino, diretores e os chamados funcionários de apoio. Fui presidente de 1989 até 1993, foram dois mandatos, com sede em Brasília. Ela representa os professores do Brasil inteiro, todos os sindicatos estaduais de professores eram ou passaram a serem filiados a essa confederação da qual fui presidente. Eu queria permanecer na CNTE porue estava fazendo um trabalho interessante. Inclusive fazendo a política internacional, tive a participação em diversos eventos internacionais, convenções, congressos de professores em Portugal, França, Suécia, México, Argentina, Costa Rica, Espanha, Tchecoslováquia. Quando fui para Portugal foi uma gentileza dos professores portugueses terem pago a passagem e garantido a estadia em Portugal, a nossa entidade não tinha fundos para essas viagens, quem custeava era quem convidava. Em Praga fiquei hospedado no alojamento dos estudantes de uma universidade de Praga.Fui eleito presidente da APEOESP, permaneci por dois mandatos de 1993 a 1999.
O senhor reside em Piracicaba desde que ano?
Por opção pessoal, em 1988 vim morar em Piracicaba, mesmo tendo que frequentar muito São Paulo, Brasília. Conheci Piracicaba, acho uma cidade fantástica, não me imagino morando em outro lugar. Piracicaba tem uma relação cultural muito forte com o seu rio, se devolveu tendo o Rio Piracicaba como um marco, para o piracicabano é mais do que um curso d`àgua, é um fenômeno cultural. A história, a cultura da cidadade foi se desenvolvendo a partir das margens do Rio Piracicaba. É uma cidade que se expandiu, de uma pujança econômica fantástica. Na pauta de exportações brasileira Piracicaba aparece em destaque. É uma cidade conhecida pela sua cultura fora do Estado de São Paulo e mesmo até fora do país.
O senhor foi candidato a deputado em que ano?
Em 2002 saí como candidato a deputado, fui eleito, e Piracicaba teve dois representantes na assembléia: o deputado Roberto Moraes e eu. Embora muitos professores de outras cidades tenham feito a minha campanha. O mesmo ocorreu em 2006. Boa parte das emendas que fiz na Assembléia Legislativa, junto ao orçamento do Estado foi no sentido de favorecer instituições de Piracicaba, de garantir algumas obras. Fiz emendas tanto na época em que o Machado era o prefeito da cidade, e do meu partido, como continuei postreiormente fazendo emendas na administração do prefeito Brajas Negri, porque mesmo eu sendo do PT e a administração local passou a ser do PSDB, o meu papel de deputado da cidade era favorecer eventos, realizações de obras na cidade. A questão partidária é no momento da disputa eleitoral, depois temos que abstrair. Eu me considerei e me considero um representante de Piracicaba, sem jamais abandonar a bandeira da educação. Na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo fui presidente da Comissão de Educação. Era visto como “ O cara de Piracicaba e o cara da educação”. De certa forma representando o conjunto do funcionalismo. O pessoal da Saúde tinha feito a minha campanha. Eu trabalhava muito as bandeiras do serviço público.
Qual é o grande problema que a educação enfrenta no Brasil?
A educação é um grande desafio para todas as esferas do poder público: federal, estadual e municipal. Existe um resumo para os muitos problemas, por isso podemos chamar de grande problema, é o financiamento público. Temos problemas de qualidade, de baixo salário dos profissionais do ensino, de jornada de trabalho inadequada, não tem sentido um professor trabalhar 35 a 40 horas com alunos, em Portugal, um país que não dispõem dos recursos de países ricos, um professor trabalha 20 horas com os alunos e completa outras 20 horas em horas atividades, que é a preparação da aula, correção dos trabalhos dos alunos, atenção individualizada ao aluno que está tendo problemas. Reuniões pedagógicas com os colegas para poder definir política pedagógica. No Brasil começa a existir um pouco de tempo destinado a hora atividade, mas ainda o professor trabalha muita aula com o aluo e tem pouco tempo para preparar a atividade que ele vai desenvolver com esse mesmo aluno. Precisamos colocar nossas escolas em compasso com o desenvolvimento tecnológico, não temos essas ferramentes tecnológicas para o dia a dia do professor. Tem computador na escola, mas não pode se dizer que tem isso como uma ferramenta diária. A grande questão é que investimos muito pouco em educação, apesar da constituição dizer que os estados e municipios tem que gastar 25% , a união 18%. Se verifica que o investimento ainda é muito pequeno. A educação infantil na nova constituição, na lei de diretrizes e bases, não é mais creche, é educação infantil. Creche é o lugar onde se põe criança, se larga criança. A educação infantil é um novo conceito, onde os pais e as mães trabalham fora, precisam deixar a criança, mas é um lugar onde vamos já cuidar também do desenvolvimento intelectual. A ciência já demonstrou que o ser humano tem uma capacidade de desenvolvimento intelectual maior nos primeiros anos de vida. Se desenvolve mais rapidamente nos primeiros anos de vida do que nos últimos anos, quando já há um acumulo de desenvolvimento itelectual. Um exemplo que ocorre dentro de casa, quando você adquire um aparelho eletrônico, as crianças aprendem a lidar com esse aparelho antes dos pais, e acaba ensinando os pais. É uma curiosidade muito própria da idade. A educação infantil tem que lidar com esse desenvolvimento. Nós não podemos ter nenhuma criança fora da escola. Para essas crianças cujos pais trabalham fora, ter a garantia do tempo integral.
Qual é a opinião do senhor a respeito da aprovação continuada?
Como conceito pedagógico me parece algo extremamente positivo esse debate sobre essa nova pedagogia. A Educação tem que ter como meta a promoção. Um individuo se desenvolve mais rapidamente do que outros. As pessoas não são iguais, cada um tem o seu tempo, seu momento, sua experiência anterior. As pessoas vivenciaram suas experências antes de chegarem a escola. Uma criança cujos pais tem formação superior, ela já esta acostumada a uma outra linguagem, ela vai absorvendo palavras, o seu vocabulario as vezes é mais rico do que o de uma criança cujos pais são semi analfabetos. A escola tem que lidar com essas diferenças. Paulo Freire nos ensinava muito isso, como se trabalha com a criança, como se aproveita as experências de cada um, esses conceitos não equivocados, o problema é que isso virou uma maneirade dizer o seguinte: “ Uma criança custa dois mil reais por ano em uma escola, se ela for reprovada ela irá custar de novo os dois mil reais, vamos empurrar essa criança para frente.”. Isso vira uma lógica contábil. Na lógica paulista prevalece uma lógica contábil. Progressão continuada virou aprovação automática. Mesmo sem saber as pessoas saem da escola, o mercado de trabalho, a vida social e tudo mais, irá discriminá-la. Antigamente perguntava-se se a pessoa tinha diploma, atualmente com exceção das categorias de profissões que tem que ter ensino superior, se a pessoa tem 18 anos e vai para o mercado de trabalho o que menos importa é o diploma. Se você não tem um desenvovimento das suas capacidades cognitivas, se não souber operar uma máquina, o mercado não te quer. Imagine um semi-analfabeto indo para o mercado de trabalho, ele será inevitavelmente preterido por outro. Progressão continuada é um debate pedagógico importante, só que virou sinonimo de aprovação automática, esse foi o grande erro da política desenvolvida no Estado de São Paulo, sobretudo aprofundada pela Rose Neubauer, passaram todos os secretários e a politica continuou sendo empurremos as crianças antes que elas nos atrapalhem. Para não dizer que os tucanos são os responsáveis, essa discussão vem de algum tempo e a deterioração das condições de ensino do Estado de São Paulo remonta muito antes do Montoro, vem do Maluf, do Paulo Egídio, do Laudo Natel. O problema é que quando houve uma perspectiva de busca de universalização houve perversamente uma piora na qualidade. O aumento do número de escolas, de profissionais contratados não foi acompanhada por um aumento de investimentos. O grande bandido da história foi a ausência de investimentos. Gastamos pouco com educação, e não temos educação de qualidade com baixos investimentos. O FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação já é um fundo que tem como perspectiva da educação básica como um todo. Já é um avanço, mas insuficiente para conquistar a qualidade que precisamos. Desenvolvimento econômico, cultural, político, social de uma nação depende muito da educação. Acho que estamos acordando para isso, mas há muito que fazer.
Como educador qual é a opinião do senhor sobre o ECA Estatuto da Criança e do Adolescente?
O sonho dos pais não é ver seus filhos precocemente no mercado de trabalho, é ver seus filhos chegando até o ensino superior. Se possível sem ter que trabalhar e fazer um curso superior a noite. Caso queira, o aluno pode fazer um curso técnico. Existem excelentes colégios técnicos.
Com 32 anos de vida partidária o senhor teve uma convivência próxima com o ex-presidente Lula?
Convivi como vida partidária e no movimento sindical também. Enquanto ele surgia como lider sindicalista no ABC eu me tornava em um sindicalista na área da educação, na fundação da CUT estávamos juntos. Quando houve os primeiros movimentos do ABC fizemos entre os professores uma arrecadação de generos alimentícios e fomos entregar na Vila Euclides para o fundo de greve dos metalurgicos, era portanto um movimento de solidariedade. O sindicalismo no Brasil sempre foi muito forte, em 1906 se criou a COB Confederação Operária Brasileira. Durante a ditadura a primeira greve de resistencia, de embate político foi em Osasco. O passo seguinte foi em 1978 veio a greve do ABC e surgiu uma figura muito emblemática do movimento que se tornou presidente da república, que é talvez a maior liderança política da república brasileira. A História ainda fará justiça ao Lula. Ele não pode ser colocado na mesma dimensão de um Getulio Vargas porque está vivo. A greve do ABC parece a reinvenção do sindicalismo porque ela teve uma simbologia muito forte pela dimensão, aquilo era o maior parque indústrial do país, em um período em que o país estava em uma indústrialização muito forte. Com a figura emblematica do Lula parece que ele é o pai do sindicalismo. Ele é sim a figura mais expressiva do sindicalismo moderno no Brasil.
Porque figuras como Hélio Bicudo, Luiza Erundina se afastaram do partido?
Por questões absolutamete teóricas. Eu sou do PT porque me sinto representado pelo PT, corresponde as minhas expectativas de luta política. É um instrumento pelo qual eu acho que posso contribuir para transformações sociais importantes. Se o PT deixar de ser aquilo que corresponde ao meu itinerário vou fazer outra coisa na vida. Partido político é isso, ele não é comandado por algo sobrenatural ou alguma coisa metafísica. Partido é uma realidade objetiva. As pessoas dentro do partido além da possibilidade de acharem que não corresponde mais, elas também tem suas vontades, e as vezes ocorrem conflitos que levam a ter que tomar decisões. O partido teve a interpretação de que não deveriamos participar do governo Itamar Franco. A companheira Erundina com todo direito de achar que tinha que participar se achou no direito de se licenciar do partido foi participar inclusive de um ministério. Isso criou um ambiente que mais tarde a levou a se desligar do partido. O Hélio Bicudo, a quem respeito muito, não tem presença tão significativa no partido. A militância do PT continua tendo um carinho muito grande pela Luiza Erundina. Ela disse uma ocasião: “Eu saí de uma casa, estou em outra casa vizinha, mas estou no mesmo lado, no lado esquerdo da rua”. Teve gente que saiu do campo da esquerda e foi para outro lado, virou neo-liberal. Eu diria que a Erundina é uma pessoa que defende o programa do PT. Não duvido que a qualquer momento possa ter seu retorno, eu serei um daqueles que a receberão de braços abertos. Aqueles que sairam do partido criticando porque tiveram seus projetos pessoais contrariados é outro debate.
O PT virou vidraça, pelo fato de ocupar o poder, há criticas sendo feitas ao partido da mesma forma que ele criticou outros partidos no passsado?
O PT sempre foi muito duro na crítica aos desvios de natureza ética e moral na política. Sempre combateu e continua combatendo a corrupção. O problema da corrupção existe em qualquer aparelho do estado, como de resto em qualquer instituição. Um ato de corrupção pode se dar em um sindicato, em uma instituição patronal, em uma entidade beneficente, é um problema que a humanidade enfrenta, ocorre no mundo todo. O problema que ocorre no Brasil é como se lida com isso. Na época do Fernando Henrique não tinha a Controladoria Geral da União. A capacidade que a Policia Federal tem hoje para investigar, descobrir e combater o ato, o Ministério Público federal e estadual, o próprio Congresso Nacional e a imprensa estão capacitados para combater esse tipo de problema. O Lula de vez em quando brigva com a imprens porque ele tem o direito de dar a opinião dele assim como a imprensa tem o direito de emitir a opoinião dela. Na ditadura não é que não tinha corrupção, os jornais eram censurados e não podiam falar a respeito. Houve um processo de privatização do Estado nesse período. Quanto mais investigação for feita mais parece que tem. Está dificil combater o PT no que se refere ao itinerário político, o desenvovimento economico está numa velocidade maior, o Lula foi um desenvolvimentista, a presidenta agora está enfrentando a crise européia, mesmo assim o Brasil tornou-se a sexta maior economia do mundo, maior do que a da Inglaterra. Ainda no Brasil tem injustiça social, má distribuição de renda. Vinte e oito milhões de famílias mudaram de categoria social. Gente da classe E evoluiu para D, quem era da classse D evoluiu para classe C. È a maior mobilidade socil da história recente do país. O governo enfrenta o problema da corrupção, existem quadrilhas que se organizaram de uma tal forma, para poder capturar recursos do poder público, isso em todas as esferas, federal, estadual e municipal. Tanto que a Delta tem contrato em todos esses ambitos.
No futuro o Lula poderá ser econhecido como o elemento que desarmou o gatilho de uma explosão social iminente?
É muito dificil afirmar categorimente. De certa forma foi aberta uma valvula de escape, diminuiu a tensão dentro da panela de pressão. Embora a história ainda vai ser escrita o Lula já entrou para a História. Acho que a Dilma irá entrar para a história do país como grande presidenta e até por ser a primeira mulher a presidir o país, assim como o Lula pelo fato da sua origem popular. A política do Lula diminuiu a tensão social.