Quem não se comunica se estrumbica!
O Chacrinha ou Abelardo Barbosa seu nome de registro, uma figura importante da comunicação é o nosso homenageado. Na extravagância das cores da sua vestimenta, da cartola sobre a cabeça, das bugigangas adicionadas ao corpo, onde estava dependurada sua “corneta de padeiro” que com o seu “Qué…Qué…Qué, que reprovava os costumes e os calouros com seu deboche acentuado. Isso tudo, na televisão com sua equipe de “chacretes” que davam o tom da alegria e beleza ao evento.
A “Chacrona”, eu nem preciso dizer que é a grande chácara Brasil, com seus 8,5 milhões de km² de imensidão.
Desde que o ser humano se deu por existir, a comunicação se estabeleceu devido a presença de outro ser da mesma espécie que se aportou como companhia no cenário da vida.
A comunicação se faz através de conexões entre duas ou mais partes na intenção do reconhecimento e informação. Ela se apresenta por diferentes formas: pelo tato, formas materiais, formas sensoriais, por sinais, falas e outras atitudes cognitivas. Exemplos são a fumaça, a luz, os sinos, isso quando a distância é o empecilho que se apresenta na transmissão dos informes. Atualmente com o avanço da tecnologia, fomos presenteados com o telégrafo, o telefone, o rádio, a televisão, por sistemas celulares, para nos colocar próximos em nossa convivência.
Tudo o que é contido na comunicação está ligado à necessidade da informação e orientação, a fim de que sejam evitados erros e perda de tempo tornando mais eficazes os resultados do nosso trabalho.
A comunicação não é privilégio dos humanos. Todos os animais, aves, peixes, insetos e seres vivos se comunicam. Alguns exemplos mais conhecidos são as formigas, as abelhas, os pássaros, os insetos que parecem estar em permanente relacionamento.
A “Chacrona” título da nossa crônica essa Terra abençoada chamada Brasil! O povo é o dono e proprietário dessa imensidão de beleza. No entanto, tudo mostra que quem usufrui sem constrangimento dessa “Chacrona” são os governantes que usam-na com destreza através de leis para permanecerem como tal. Com piscinas, campinhos de futebol, ar fresco, frutas maduras, sombras de floresta, churrasco de picanha nos fins de semana. É o fim da picada pois, a segurança, a água, a energia, o telefone, os impostos e a manutenção fica para o povo.
Na área imobiliária, costuma-se dizer que quem tem chacrinha só tem duas alegrias: Quando compra e quando vende. Porém para a “Chacrona” isso não vale porque vender é impossível, e a segunda alegria fica cancelada para balanço, pois no estado vigente os usuários controlam as leis corporativas para continuarem a se resfatecer. A cada espaço de tempo são acrescentados pelos que podem e mandam, outros brinquedos democráticos a serem usufruídos nessa “Chacrona” Brasil.
Que falta faz um “Chacrinha” para transmitir essa verdade. Com o seu buzinote, com sua presença solenemente debochante, tentar corrigir erros de percurso das atitudes fora dos trilhos. O deboche do Chacrinha tinha a alegria, com um viés de tristeza, deixando nas entrelinhas o resultado a ser obtido.
Alguns maus alunos desse mestre só ficaram com a parte final perniciosa da frase “Não vim para explicar, vim para confundir”, aprimorando-a cada vez mais como forma de seu trabalho.
Está na hora de tocar a buzina, em cima dessa vergonha, pois “Rindo se castiga os costumes”, pois usamos nossa crônica como um grande sopro na buzina para que a justiça possa trilhar o caminho do respeito, com um chamado à Terezinhaaa…Terezinhaaa a chácara é nossa!! A chácara é nossa!!!
Walter Naime
Arquiteto-urbanista
Empresário.