PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 29 de março de 2014.
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 29 de março de 2014.
Entrevista: Publicada aos sábados na Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
http://blognassif.blogspot.com/
Foto by JUNASSIF
ENTREVISTADO: ROLAND VENCOVSKY
ENTREVISTADO: ROLAND VENCOVSKY
Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de São Paulo (1958), mestrado em Experimental Statistics – North Carolina State University (1967) e doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade de São Paulo (1960). Foi professor visitante na University of Minnesota (1974-1976), na North Carolina State University (1990-1991) e na Universidade Federal de Goiás (2000-2003). Obteve a livre docência pela ESALQ/USP (1970) e o título de professor titular em 1994. Foi Chefe Geral do Centro Nacional de Milho e Sorgo da EMBRAPA (1979-1984). Orientou 77 teses e dissertações na área de concentração de Genética e Melhoramento de Plantas da ESALQ/USP e na UFG e publicou 152 artigos em revistas científicas nacionais e internacionais e diversos capítulos de livros. É autor do livro Genética Biométrica no Fitomelhoramento. Agraciado com a Comenda da Ordem do Mérito Científico, pelo Presidente da República em 2002, eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências em 2005 e membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo em 2008. Atualmente é professor titular permissionado da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Vegetal e Genética Biométrica, atuando principalmente nos seguintes temas: Genética Quantitativa, Genética de Populações, Melhoramento Genético e Conservação de Recursos Genéticos. Na sua especialidade atuou em programas de melhoramento das seguintes espécies: milho, várias hortaliças, cana-de-açúcar, mamoneira, eucaliptos e diversas espécies arbóreas brasileiras. Atualmente, continua desenvolvendo métodos de estimação de tamanho efetivo populacional em espécies dióicas e analise de QTLs em milho e cana-de-açúcar. Orienta estudantes de pós-graduação na ESALQ/USP. Tem interesse em estudos de processos como dispersão de pólen e sistema de reprodução em espécies nativas para fins de conservação e pré-melhoramento genético. Colabora com o programa de pré-melhoramento e conservação da cagaiteira, espécie endêmica do Cerrado, junto à Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás. Continua também interagindo com programas de melhoramento, especialmente de espécies parcialmente autógamas como a mamoneira.
O senhor é natural de qual cidade?
Nasci em São Paulo a 10 de junho de 1936 no Hospital Oswaldo Cruz, (Hospital Alemão Oswaldo Cruz), meus pais moravam em Pinheiros, em uma travessa da Rua Teodoro Sampaio. Tenho três irmãos: Ernesto, Elfride, Manfredo. Meus pais são Otto Vencovsky e Catarina (em português) Vencovsky. Minha mãe é natural de uma colônia de alemães do interior do Paraná. Meu pai nasceu em Viena. Ele veio para o Brasil em 1920, após a Primeira Guerra Mundial. Vieram os meus avôs, tios. Na década de 30 eles passaram a representar empresas alemãs de produtos químicos, principalmente a Bayer. Com o inicio da Segunda Guerra Mundial, a importação de produtos da Alemanha foi interrompida. Eles venderam as propriedades que tinham em São Paulo e adquiriram uma fazenda em Atibaia, isso foi em 1946. Foi difícil ele sustentar uma família sem ser especializado em área agrícola, sofreu muito. Ele produzia carvão com eucalipto e produzia aguardente fruto das plantações de cana, era destilada e engarrafada lá recebendo o nome de “Macumba”. Guardo até hoje o rótulo dessa cachaça. Vendia bem, o segredo era que ele vinha buscar o fermento da cachaça em Campinas. Era o truque dele. Ele pegava sempre cepas de linhagens puras. Uma vez por ano ele renovava o fermento e sempre saia uma pinga boa.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Antes de mudar para Atibaia o senhor tinha freqüentado escola em São Paulo?
Tinha feito o primário no Colégio Visconde de Porto Seguro, isso foi por volta de 1942 a 1943. Quando mudamos para Atibaia fiz o ginásio e o colégio no Colégio Atibaiense. Ficava a 16 quilômetros da nossa fazenda, onde morávamos ficava a quatro quilômetros da Estação Campo Largo. No período em que fiz o ginásio ia de trem pela Estrada de Ferro Bragantina, ligada a SPR, São Paulo Railway. Era um ramal que saia de Campo Limpo e ia até Bragança Paulista. Era a locomotiva a vapor, a Maria Fumaça, soltava fagulhas que atingiam nossas roupas, cabelo. Depois colocaram a máquina a diesel, perdeu-se o encanto. Só havia dois trens, um de manhã e outro a tarde. Quando passei a estudar o colegial fui residir com parentes.
Nesse período ocorria a Segunda Guerra Mundial, no Brasil alemães, japoneses, italianos e seus descendentes sofreram algum tipo de discriminação?
Eu era um menino quando senti isso, um grupo de garotos me perseguiu, sai correndo. Havia um estímulo por parte de alguns políticos em menosprezar pessoas dessa origem. Senti isso na pele. Passei muito medo. Tínhamos um rádio em casa, era da marca “Mende”, sintonizávamos a Deutsche Welle GmbH. Na época havia um fiscal do governo, chamado popularmente de “secreta”, ele nos visitava periodicamente para saber se o meu pai não tinha nenhuma atividade subversiva. Depois que o Brasil entrou para a guerra meu pai desligou e guardou o rádio. Não ligou mais.
RÁDIO MENDE
O senhor trabalhava em Atibaia?
Eu deveria ter uns 17 anos, trabalhava no serviço de alto falante que existia na praça central, toda noite fazia propaganda e colocava discos para serem tocados. Dizíamos que era “A Maior Potência Radiofônica da Zona Bragantina” atingia só a praça central da cidade! Na época não havia emissora de rádio.
Estação de trem em Atibaia
Como se deu o seu ingresso na faculdade de agronomia?
Após terminar o colégio fui fazer agronomia. Eu tinha um companheiro de colégio, seu pai era proprietário da empresa de sementes Agroceres. Esse meu amigo é que me convenceu a fazer agronomia em Viçosa. Fiz um exame de seleção e ingressei. Trabalhei na Rádio Montanhesa em Viçosa, apresentava aos domingos musica erudita. Após dois anos em Viçosa fiz a minha transferência para Piracicaba, isso foi em 1957 a 1958. Apresentei-me ao proprietário da PRD-6, Rádio Difusora de Piracicaba, o Sr. Aristides Figueiredo, ele tinha um Chevrolet Fleetline preto,fiz um teste e por três anos trabalhei como locutor comercial. Lembro-me de propagandas que fazia na época, como de “Ao Cardinalli”, da empresa que oferecia cinco máquinas de costura para serem sorteadas ( possivelmente máquina Leonam).
Chevrolet Fletline
Trabalhar na rádio naquela época era ser um astro?
Eu era muito conhecido na cidade. Muitas vezes abri a rádio, ás seis horas da manhã. Fechava a meia-noite. Quando eu era estudante morava em uma república.
O senhor usava algum nome artístico?
Usava! Quem me deu o nome artístico de “Luiz Rolando” foi o Francisco Caldeira, que mais tarde assumiu a Rádio A Voz Agrícola do Brasil. Com isso o pessoal não relacionava a minha pessoa com o Luiz Rolando! Foi uma época muito romântica! Quando o titular faltava cheguei a fazer programa no auditório da Rádio Difusora. O que estava na moda era o cururu.
Qual é o fascínio que a genética exerce em quem a estuda?
A genética tem um papel fundamental na área agro-industrial, é o melhoramento ou aprimoramento genético. Essa é a principal aplicação. A maioria dos nossos alimentos, vegetais e animais, não provêm de espécies nativas, são de espécies modificadas. O homem vem modificando as espécies por vários séculos. A genética se aplica para entender, organizar, o melhoramento genético. Se a humanidade fosse depender apenas das espécies nativas, aquelas que se encontram na natureza, não sobreviveria. São pouco produtivas e de qualidade baixa. No inicio o homem era coletor e caçador, depois é que ele passou a inventar a agricultura. Aprendeu a semear. Nessa fase ele começou a domesticar as plantas e os animais. Foi quando passou a fazer melhoramentos baseado em seleção. Temos no mundo dezenas de raças de cães, esses animais provieram dos lobos. O homem começou a conviver com os lobos, a fazer seleções e criaram todas essas raças. Isso aconteceu com frutas, com sorgo, com soja, trigo. A base do melhoramento é cruzamento controlado e seleção. As vacas leiteiras originalmente produziam leite suficiente para o bezerro se desenvolver e desmamar. Atualmente produzem tanto leite que se não forem ordenhadas ficam doentes. Por seleção o homem começou a criar fêmeas cada vez mais produtivas. As modificações que o homem fez nas espécies são enormes. Acho que só existe uma exceção, os peixes do mar. Esses não foram muito modificados, porque é mais difícil. Peixes de rio todos foram modificados.
Já adquiri morangos lindos, porém sem sabor. Como o senhor explica isso?
É uma variedade que não é boa. É muito bonita, mas não tem sabor. Isso acontece. É fruto de uma seleção mal feita, intencional ou não. Não é um erro genético e sim uma propaganda enganosa. São diferenças de variedades: boas ou ruins. Aparentemente são iguais.
O senhor concluiu o curso na ESALQ em que ano?
Sou da turma de 1958. Um ano antes, em 1957 eu já tinha uma bolsa. Melhoramento genético é a minha paixão. Eu não faço melhoramento, quem fazia era o Marcílio de Souza Dias, a nossa produção de hortaliças era rudimentar ele revolucionou isso. O Ernesto Paterniani fez melhoramentos com o milho, e outros fizeram melhoramentos em outros produtos. Eu trabalhava para apoiar os trabalhos de melhoramentos. É uma atividade que exige muita avaliação em campo. Minha parte nessa história toda é fazer a parte estatística do melhoramento. Eu não produzia variedades, quem fazia isso eram os colegas, eu dava suporte na genética de populações e genética quantitativa.
Friedrich Gustav Brieger
Em que ano o senhor foi contratado pela ESALQ?
Em 1960 fui contratado como professor assistente, no tempo do Professor Friedrich Gustav Brieger. Ele obrigava a dar aulas de tudo, genética, aulas práticas de estatistica ligada a genética. Citogenética, a parte celular. Fiz doutoramento, passei a ser professor assistente doutor, fiz livre docência e depois fui professor titular. Fiz um mestrado nos Estados Unidos em Estatistica Experimental e Genética na Universidade da Carolina do Norte. Estive três vezes nos Estados Unidos, sempre em estudos, no total foram cinco anos de estudos e pesquisas realizados lá. Aprendia as últimas descobertas, assistia as disciplinas e modificava as disciplinas que dávamos aqui.
Foto by JUNASSIF
Da esquerda para a direita:
Dr. Bruce S. Weir, Dr. Antonio Augusto Franco Garcia, Dr. Roland Vencovsky
Nas dependências do Departamento de Genética da ESALQ
O senhor tem um amigo que conheceu em uma dessas viagens e que está visitando o Brasil?
É o Dr. Bruce S. Weir, ele fez pós-graduação quando eu também fiz, na década de 60. Trabalhávamos na mesma sala como pós-graduandos. Passamos a ser amigos, temos desde então um bom relacionamento profissional e pessoal.
Recentemente tem tomado força uma corrente que afirma que as plantas se comunicam entre si. Isso é mais uma fábula?
Nadaé impossível. Na época de Santos Dumont grandes pensadores diziam que era impossível voar com um corpo mais pesado do que o ar. Só voavam com balões, que eram mais leves. Santos Dumont voou com o mais pesado do que o ar! Nesse caso das plantas eu não tenho posição formada, mas gosto do pensamento. Tenho o habito de pensar tudo de forma científica, se alguém me indicar algum tipo de chá que cura determinada doença, a primeira pergunta que faço é onde está a informação a respeito do fato. Há alguma publicação científica do assunto? Os próprios médicos já comprovaram? Eu quero comprovações!
Foto by JUNASSIF
Qual é a importância do melhoramento genético para a economia do Brasil? A ESALQ como tem colaborado a respeito?
A primeira contribuição é a formação de profissionais. Hoje muitos melhoramentos são iniciativas empresariais. Antigamente não era assim, o Instituto Agronômico, a ESALQ, a Escola de Viçosa, a Escola de Lavras, Escola do Rio Grande do Sul, tinham uma contribuição mais direta, criando variedades, híbridos. Hoje quem participa muito nesse processo de criar variedades é a EMBRAPA.
Todo o esforço de melhoria genética e produtiva, muitas ao longo de anos de trabalho, gera resultados altamente positivos. Não é frustrante para o pesquisador saber que milhões de pessoas passam fome atualmente, apesar do mundo já produzir alimentos suficientes para todos?
Perde-se muito alimento. Isso é frustrante. Falam da perda de um terço do alimento produzido no mundo. É perdido por diversas formas: na lavoura, no transporte, em casa.
Até algumas décadas não existiam estampadas datas de fabricação e nem de validades dos produtos. Eles eram avaliados para o consumo pelo odor, sabor e aparência. Há excesso de zelo com relação a validade de alguns produtos?
Em algumas situações há sim excesso de zelo. A determinação governamental de estabelecer a validade dos produtos é positiva. O objetivo é precaver contra descuido ou má fé de algum indivíduo. Estampar a validade é melhor do que produto sem data de validade.
O senhor mantém contato com seus colegas cientistas de outros países?
Mantenho contato com pesquisadores dos Estados Unidos, México. Fiz umas cinco ou seis publicações que saíram em revistas cientificas internacional junto com um colega mexicano.
Porque o Brasil não produz trigo?
Produz! Mas sempre teve um problema, o trigo se desenvolve mais em clima de latitude mais alta, Rio Grande do Sul, Santa Catarina. O grande problema do trigo no Brasil são as doenças. Estão sempre produzindo linhagens novas que são resistentes. Durante muitos anos houve excesso de produção de trigo nos Estados Unidos, eles ofereciam no mercado internacional a um preço muito atrativo. Os moinhos adquiriam o trigo importado mais barato do que o brasileiro. Isso foi por muitos anos.
O senhor participou da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência?
Participei. No inicio era o centro que reunia os pesquisadores. Depois passou a desmembrar em cada especialidade, como por exemplo, a Sociedade Brasileira de Genética, Sociedade Brasileira de Melhoramentos de Plantas, Sociedade Brasileira de Biometria. Com isso meu interesse voltou-se mais para áreas diretamente ligadas as minhas pesquisas.
A fome no nordeste brasileiro tem solução?
Existem alguns problemas, mas tem regiões no nordeste que são muito boas. Existe a questão da distribuição. Acho que deveria melhorar a logística. Predominam os pequenos produtores. A fome lá é uma questão de cultura, de política.
A fome é uma questão cultural?
Também! Precisa haver introdução de tecnologia com apoio do governo. Pesquisas de apoio. Participo como consultor de um programa para criar variedades que se desenvolvem bem em regiões onde chove menos, o solo não é tão bom. São as chamadas áreas marginais. Já tem algumas linhagens que são mais tolerantes a seca. A tendência no Brasil vai ser no sentido de tratar variedades de diferentes espécies que se desenvolvam razoavelmente bem, nessas áreas chamadas marginais. O cerrado, por exemplo, é um ambiente complicado. Tem que se criar variedades que se dêem bem razoavelmente lá. Com a genética é possível isso ser feito. Uma mostra disso é a soja, de origem asiática, que no início era cultivada só no Rio Grande do Sul. A EMBRAPA fez a tropicalização da soja. Hoje a soja é produzida no Mato grosso, em Goiás, a soja está agüentando um ambiente que não era o ambiente natural dela. A mesma coisa aconteceu com a maçã. Não havia maçã, consumíamos a maçã argentina. A EMBRAPA entrou nesse esquema também. A maçã para produzir bem precisa de certo número de dias frios no ano. Fizeram cruzamentos e seleções, hoje o Brasil é um bom produtor de maçã.
Ocupa uma área de 3.825,4 hectares, com 231 mil m² de área
construída
O produtor é relutante em aceitar novas tecnologias?
Ele não muda com muita facilidade. Eu acredito muito no sistema adotado no sul do nosso país, é baseado em cooperativas. São veículos importantes na difusão, em dar apoio. Tive essa noção da importância da difusão por ter chefiado o Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo (CNPMS), em Sete Lagoas, da EMBRAPA, durante cinco anos. Foi uma solicitação do então ministro Delfim Neto ao diretor da ESALQ. O presidente da EMBRAPA, Dr. Eliseu Alves, havia solicitado a ele que eu fosse indicado em função do trabalho que eu vinha desenvolvendo. Lá aprendi muito, vi a dificuldade que é criar uma novidade tecnológica e fazer com que o produtor aceite. Trabalhava na área de melhoramento, de semeadura, controle de solo, fertilidade. No Brasil é muito comum o cultivo consorciado, milho junto com feijão, na mesma área. A área é bem aproveitada. Um dos colegas sugeriu que fosse feita uma semeadeira com duas caixas, uma de milho outra de feijão. Semeia as duas ao mesmo tempo. Fizeram, entraram em contato com algumas empresas fabricantes de implementos agrícolas em São Paulo, Produziram algumas. Só que o projeto não foi levado adiante. O pequeno produtor não gosta de arriscar, faz o que está acostumado a fazer. Acho que o produtor deveria ter um tratamento diferenciado, com juros e taxas menores para o pequeno agricultor. A agricultura é uma atividade de risco. O Brasil será sempre uma fonte de alimentos para o mundo. Têm muitos que defendem o desenvolvimento da indústria, da eletrônica. Acredito que devemos fazer de tudo um pouco. Só que investir neste celeiro do mundo não é ruim não.
A tecnologia existente tanto para produzir eletrônicos sofisticados como para produzir produtos agrícolas de alta qualidade são correlatas?
As duas são de alta sofisticação. A sociedade brasileira deveria reconhecer mais o quanto é trabalhoso obter híbridos novos. Valorizar mais. Os órgãos públicos podem ter mais sensibilidade para facilitar esse trabalho de grande teor tecnológico.
Parece que há um desconhecimento geral do que se obtém através de aprimoramento de espécies?
Não acho que seja desdouro nenhum o Brasil ser o celeiro do mundo. Muitos brasileiros acham que isso é típico de país subdesenvolvido. Devem existir muitos políticos que pensam dessa forma. Felizmente o Brasil está muito bem em soja, celulose, laranja, carne bovina. Mas o país precisa investir mais. Diminuir os riscos do pequeno produtor.