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    CONTOS E CRÔNICAS de João Umberto Nassif

    Por João Nassif29 de outubro de 2005Nenhum comentário5 Min de Leitura

    PÓ PA TAPA TAIO
    (Nome dado á sulfa em pó usado em curativos feitos em cortes, machucados).
    Autor: João Umberto Nassif
    José Bento Gomes da Silva, o Zé Bentinho, é um caboclinho espigado, se bem que um pouco intojado, sempre de botina rangedeira, bigodinho aparado, canivete com cabo de osso, afiado no capricho. Chegado num dedo de prosa, o inseparável cigarrinho de palha de milho. Tinha o hábito de iniciar qualquer frase dizendo “Pois é…” Qualquer assunto e Zé Bentinho já dava sua opinião: “Pois é… se tivesse escutado… “ Quando perguntavam de um assunto que não gostava de falar ele simplesmente respondia “Pois é…”e encerrava a conversa. Ultimamente ele andava meio calado, diziam que ele tinha medo da Arma do Padre Aranha. Outros diziam que era coisa de arma penada. A verdade é que Zé Bentinho andava estúrdio. Andava com o olhar estanhado. Parecia ter voltado no tempo da grande tragédia: o dia em que Clarinha Coelho fugiu com o Salim Granjeiro. Nem um cão sarnento merecia aquele desaforo! A vila toda sabia que Zé Bentinho tinha uma inclinação pela Clarinha. Dona Clotilde, sua ex-futura sogra fazia gosto de ver Zé Bentinho casado com sua filha, que parecia uma napéva. Ela até achou natural o granjeiro levar a galinha chata! No começo fez escândalo, depois disse pro marido: Tamo livre! – Tomara que ele num devorva ela! Salim Granjeiro parecia um homem de futuro. Veio do estrangeiro, falava engraçado, era educado, trazia cortes de tecidos, armarinhos, e trocava por ovos, frangos, galinhas caipiras, que eram levados vivos em uma gaiola em baixo do carrinho de tração animal. Ele apareceu no sítio de repente, dizendo de maneira enrolada que tinha as melhores novidades de Paris! E quem sabia o que era Paris? Conheciam a Vila Rio Pequeno, Cruz Pintada, Riacho da Onça, e alguns tinham conhecimento da cidade grande, iam quando estavam morrendo, era para se tratar no hospital e voltar na ambulância que o Dito Cintura, prefeito da cidade vizinha mandava buscar em troca de voto pra deputado. Só passeavam de carro quando tava com doença ruim, ou quando batia as botas! Só o defunto ia de carro, o resto ia de a pé mesmo! Ás vezes a chimbica tava sem bateria, e tinham que empurrar com o caixão dentro. A molecada ficava longe, tinha medo que a noite viesse o Lobizóme se empurrassem o carro do defunto. Só quem tinha bentinho podia enterrar o morto. Zé Bentinho era por oficio, coveiro. Por vocação tocava tuba na bandinha. Acompanhava a procissão, era homem de fé.
    A cada dia que se passava, percebiam Zé Bentinho mais taciturno. Só não deixava de ir tocar tuba junto com a orgulhosa e briosa Banda Oficial Municipal. Os músicos usavam uma farda de dá inveja. Era azul escura, cheia de botões brilhantes, fios dourados e dragonas douradas, além do quepe com distintivo em metal esmaltado. Coisa linda de se ver! As valsas, os dobrados, encantavam a platéia. O maestro era o Chocolate, um mulato alto que balançava o corpo acompanhando os compassos da música. E coitado de quem desafinasse! Chocolate virava onça! Ele exigia que todos chegassem pelo menos uma hora antes de iniciar apresentação, dizia que era para afinar e esquentar os instrumentos. Além de produzir o melhor doce caseiro do Brasil, como gostavam de dizer, o outro orgulho da cidade era a Banda Oficial Municipal.
    A Botica Especialista era a farmácia da cidade. Ponto de encontro obrigatório para quem quisesse saber em primeira mão as novidades. Praxedes Barros formou-se em farmácia. Tinha uma mão suave na hora de espetar a agulha das injeções. Manipulava fórmulas, fazia os curativos, receitava, orientava, e quando o caso era grave encaminhava para o Dr. Alvim, o único médico da redondeza, já um pouco cego, e dizem que depois que enviuvou e casou-se com a sua empregada Esther, a preocupação do doutor era cercar a moça de mimos e atenções. As más línguas diziam até que ela passara a ser o galo da casa!
    No domingo cedo, a Botica Especialista fervendo de gente, comentando os resultados do time de futebol da cidade que ganhou do seu rival Esporte Diamante, da cidade vizinha.
    -Ali não tem jogador! Só tem pé-de-chumbo! Assim cada um dava a sua opinião no acalorado debate. De repente, todos se calaram, viram Zé Bentinho passando, embora usando a farda da Banda, mostrava a tristeza no olhar. Todos sabiam que era a paixão pela Clarinha que tinha fugido com o Salim Granjeiro. Olhando com pena do coitado, Praxedes comentou: – Infelizmente não existe pó pa tapa taio do coração. (Pena que não exista remédio para as dores do amor). Zé Bentinho seguiu em direção da praça para mais uma apresentação especial. Caminhava pensando na sua Clarinha.

    Lobizóme – Duende representado por um grande cão preto
    Pó Pa Tapa Taio (Sulfa em pó)
    Esturdio – Esquisito. Fora do comum.
    Taio: corte, machucado.
    Espigado: Rapaz de corpo direito. Desenvolto.
    Intojado : Cheio de si.
    Arma do padre Aranha: Celebre assombração que perseguia os tropeiros.
    Arma-penada: Duende. Assombramento. Espírito que paira sem destino.
    Atiçar – Açular. Instigar.
    Estanhados (olhos) – Fixos.
    Napéva – Galinha chata.
    Bentinho – Medalha com imagem benzida pelo padre romano.

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